domingo, 16 de outubro de 2016

Jalapão

A princípio eu viajaria sozinha e um amigo indicou o Fernando da Livre Expedições. Foi ótimo e super recomendo. Preço justo e muito atencioso.
Sobre viagens independentes pela região: Se você não sabe dirigir na areia e não tem um 4x4, nem se arrisque a conhecer o Jalapão por conta própria, pois vai atolar no meio do caminho ou deixar de conhecer lugares lindos. A maior parte das estradas é de areia, sem sinalização e sem manutenção (http://g1.globo.com/to/tocantins/vc-no-g1-to/noticia/2015/09/jalapao-nao-e-so-beleza-estradas-estao-intrafegaveis-dizem-moradores.html).
Iniciamos a viagem às 7h30 em Palmas, conhecemos o rio do sono com uma prainha de água doce, morro vermelho, belas paisagens do cerrado, passamos pela serra da catedral e um fervedouro lindíssimo chamado Bela Vista (fervedouro é uma espécie de nascente que forma um lago na areia e a pressão da água faz com que não seja possível afundar), depois passamos rapidamente pelo fervedouro Alecrim (que perdeu a graça depois do Bela Vista).
Dia seguinte começou na lindíssima cachoeira da Formiga (tão linda que me fez duvidar entre a favorita: Santa Barbara - Chapada dos Veadeiros e ela, coisa séria).
Seguimos para almoço perto do fervedouro do Rio do Sono e duas coisas ótimas aconteceram: primeiro descobrimos um pé de cajuzinho do cerrado no quintal do restaurante e segundo que esse fervedouro, além de lindo, sugava rápida e estranhamente o nosso pé por alguns segundos quando pisávamos num olho d'água (e demos boas risadas com isso). Continuamos nosso dia no lago e nas dunas do Parque Estadual do Jalapão, mas as nuvens nos impediu de ver um belo pôr do sol.
Próximo dia eu troquei a trilha no Parque Estadual do Jalapão para o nascer do sol por um cochilo no carro..rs, além de exausta, eu não tinha levado tênis adequado e sem pique para trilha no escuro (meu lance é mais com pôr do sol mesmo). Se quiser encarar, prepare-se com uma jaqueta quentinha corta vento e tênis (não se engane pelo calor absurdo que faz ao longo do dia, as madrugadas são fresquinhas).
Na saída do parque, nós paramos num ponto de apoio/ bar e conhecemos a divertida e simpática dona Benita. Lá você pode provar uma pinga caseira que, segundo ela, faz milagres..rs
Depois fomos para a Cachoeira da Velha, almoçamos na prainha e seguimos para o pôr do sol na Pedra Furada. Uma delícia assistir ao pôr do sol de lá ouvindo diversos pássaros (e com direito a visita de um casal de arara azul!).
Último dia, foi um pouco mais tranquilo, pois as atrações eram próximas da pousada: canion de Sussuapara (achei ok) e cachoeira do Lajeado (bonita e com uma queda de água morna forte bem relaxante).
No caminho de volta para Palmas, nós conhecemos o casal, seu Abelino e dona Conceição. Apesar de pouco conversar conosco no dia, ele alega ter mais de 100 anos e junto com sua companheira, foram responsáveis pelo povoamento de um vilarejo na região de Mateiros! :)

Obs.: ainda aqui chorando as pitangas pelas fotos perdidas. segue o que sobrou do celular





















Um comentário: