sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Tailândia - minha base no sudeste asiático

Tailândia foi minha base no sudeste asiático pela facilidade de locomoção para os outros países da região.
Passei dois dias por Bangkok para sacar dinheiro depois da perda do meu cartão de débito na Indonésia (usei o moneygram: após envio do dinheiro basta ir a um banco conveniado com o passaporte e a senha gerada na transação - não é necessário pagar iof, mas há uma taxa que varia de acordo com o montante enviado e que é possível visualizar na página da empresa através de uma simulação).
Nesses dois dias aproveitei para descansar, fazer um passeio de barco pelo rio que corta a cidade (em torno de 1 dólar com uma única parada ou 4,50 dólares com viagens ilimitadas ao longo de um dia e é possível parar próximo do Wat Pho: buda deitado, grand palace, mercado de medalhas, de flores... ) e visitar o Ratchadamnoen Contemporary Art Center, onde é possível aprender um pouco sobre as diferentes culturas e tradições dos países que integram o ASEAN - Associação de Nações do Sudeste Asiático.
Depois segui para Koh Tao. A viagem começa com um ônibus noturno, um ônibus tipo jardineira até o porto, espera de umas 3 horas pelo ferry e mais umas 2 horas de ferry. Saímos umas 6h da tarde e chegamos quase 11h da manhã.
Encontrar praias de águas transparentes, mornas, verdes e lindas depois dessa jornada te faz esquecer qualquer cansaço.
A concentração dos melhores bares, restaurantes e passeios fica em Sairee beach. Fiquei próxima do porto no primeiro dia, mas não vale a pena pela caminhada diária noturna. É possível encontrar bons hotéis, guest houses e hostels pelo mesmo preço, com piscina e a uma quadra da praia em Sairee.
Adorei a ilha, o clima, as pessoas, o snorkelling, o mergulho - apesar da corrente na segunda descida e dos bares com as danças com fogo, onde é possível beber, conversar e dançar sem apelações.
Um dos pontos favoritos foi Nang Yuan island. Lindíssima!
Depois de 5 dias por lá, segui para Koh Phi Phi (mais uma jornada de ferries e ônibus) e quando cheguei o céu estava completamente cinza e esfumaçado (para minha grande surpresa tinha sido afetada pela fumaça das queimadas da Indonésia).
Curti a praia, mas decepcionada e sem muito ânimo para fazer passeios. 
A noite há uma infinidade de lady boys oferendo massagens, principalmente para os europeus e na praia rolam vários bares shows de dança com fogo pouco profissionais e apelando para jogos de nudez em troca de baldes de bebida para atrair público. Resumindo: não curti. 
Para a noite preferi os bares com música ao vivo e o Banana's bar que funciona no terraço de um restaurante.
O céu continuou dessa forma por mais uns dois dias, reservei snorkelling para o dia seguinte, porque já não tinha mais por onde andar e milagrosamente o céu estava limpo e azul no terceiro dia. Consegui subir no mirante da ilha, fazer o tour que seguiu até a ilha Maya (cenário do filme A Ilha) e foi incrível!
Empolgada, reservei outro passeio de barco para o dia seguinte e ao cruzar dois barcos para chegar ao tour, eu torci meu tornozelo. Basicamente quem me ajudou a levantar, pegou gelo e ficou um tempo comigo foi outro turista, o pessoal do barco segue o passeio e não se importa se você passará as próximas 5 ou 6 horas com dor.
Enfim.. fui a clínica, confirmei que não tinha quebrado, enfaixei e continuei na ilha por mais dois dias até pegar o ferry de volta pra Bangkok e vôo pra Myanmar.
Na volta de Myanmar, tive que passar 4 dias em Bangkok por conta do visto do Vietnã. Aproveitei para fechar também o visto do Camboja, pois vi que sempre rolam algumas roubadas na fronteira da Tailândia com o Camboja e foi a melhor coisa que fiz.
Nesses 4 dias aproveitei para conhecer Ayutthaya, a antiga capital do reino de Sião. Ela foi um importante centro comercial e diplomático entre os séculos 14  e 18 até ser tomada e destruída por Myanmar (antiga Birmânia). 
Hoje Ayutthaya é bem turística e não me agradou ver a tristeza e cansaço dos elefantes carregando pessoas no meio da cidade, mas as ruínas dão uma ideia da beleza, grandiosidade e imponência dos templos e da cidade. 
Visitei o mercado flutuante próximo de Bangkok, mas assim como o outro que visitei em Myanmar: é só pra turista ver. Legal ver como os canais se transformam em ruas, a infinidade de barcos e de opções de compra, mas apenas encenação e preços turísticos. Não é necessário pagar o adicional do barco para circular por lá, porque as empresas já fazem um pequeno tour de barco pelo mercado antes do retorno a Bangkok.
Último dia e a dúvida: visitar ou não visitar o Gran Palace depois de uma infinidade de templos em Myanmar e Tailândia? A entrada é bem salgada para a Ásia, em torno de 15 dólares.
Visitei por ser o ponto mais importante, mas não voltaria. 
O incrível, famoso e protegido buda de jade não passa de 40cm. 
Os prédios são bem bonitos, mas se tornam apenas mais um depois de Shwedagon em Yangon - Myanmar.
A diversão ficou por conta do guia Ken. Se decidir visitar o Gran Palace, vale a pena esperar o tour que é gratuito e em inglês (melhor dar uma volta antes, porque depois de sair de uma das áreas  do complexo não é possível retornar mais).
Fechei Tailândia com o festival Yi Peng (ou festival de lanternas) em Chiang Mai.
A cidade antiga é uma graça. Tem cerca de 300 templos e alguns é possível bater um papo informal com um monge e tirar dúvidas sobre o budismo, a rotina de um monge, além de entender um pouco mais sobre os seus medos, dúvidas, angústias... O meu grupo foi no Wat Chedi Luang, mas há outros templos, dias e horários que podem ser consultados aqui: http://www.bigboytravel.com/asia/thailand/chiangmai/monk-chat/
Por conta do festival a cidade estava tomada de turistas e haviam muitas opções de bares e restaurantes com música ao vivo.
O festival começa no dia que antecede a lua cheia do mês de novembro e dura cerca de 3 dias: primeiro dia rola a parada e a oferena dos barquinhos de flores e folhas no rio, segundo dia é o dia das cerimônias nos templos e das lanternas e o último dia fecha com uma grande parada.
O primeiro dia foi decepcionante pela falta de informação e organização, mas o segundo dia foi sensacional.
Lindíssimo ver o céu completamente iluminado pelas lanternas em plena lua cheia.
Vale a pena ver também a cerimônia que acontece em Wat Phan Tao (iniciamos aqui por volta das 7h da noite seguimos por volta das 9h para a Saphan Nawarat Bridge para ver e soltar nossas lanternas).





















































Um comentário:

  1. Lu, amamos rever alguns lugares e conhecer outros por onde não passamos. Excelente narrativa! Lindas fotos! Beijão!! Maris e Raul

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