quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Tempo ao tempo

Estou aqui nos finalmente e o que tenho a dizer é que nunca fiquei tão confusa na minha tão regrada vida..rs         
Sempre fui determinada e cada "não dá" ou "não é tão fácil" ou a cada "sorriso torto" para os meus planos sempre me animaram a desafiar a mim mesma.        
Meus pais sustentaram os 6 filhos, não deixaram faltar comida, casa, uma cama quentinha pra dormir e roupa uma vez por ano (pelo menos, na minha época..rs). Demonstraram o amor aos filhos, ás vezes de um jeito torto, mas sempre nos ensinaram e incentivaram a trabalhar e lutar pelo que se quer.
Confesso que me senti um pouco culpada quando comecei a planejar a viagem pensando que ficaria quase um ano sem trabalhar. O que dizer pro meu pai? Ele está com 73 anos e nunca parou de trabalhar. O que ele vai pensar?
Ele nunca pagou meus estudos, me sustentou em nenhum momento depois que decidi sair de casa e nem interferiu na minha carreira, mas o que ele pensaria era importante pra mim. Não sei o que pensou internamente, porque ele fala bem pouco, mas não me julgou..rs
Mesmo sendo chata, tive muita sorte de ter irmãs que foram mais mães do que minha própria mãe, de ter amigos que de tão queridos vejo-os como irmãos e de encontrar pessoas que acreditaram em mim e me ajudaram ao longo da minha carreira.
E com o apoio de muito deles (mesmo intimamente querendo em alguns momentos que eles me barrassem só pra eu não ter que encarar isso sozinha..rsrs), eu acabei viajando. Sem qualquer objetivo, escolhendo apenas os países que gostaria de conhecer e que não correria grandes riscos, considerando que sou mulher e que viajaria sozinha.
Fui surpreendida milhares de vezes com a gentileza, carinho e ajuda de vários desconhecidos. Muitas vezes pensei “por que ele(a) está fazendo isso? nem me conhece”, “será que não vão querer cobrar?”, “será que eu faria isso”, “eles têm tão pouco e sorriem tanto”, “não precisa fazer isso, é demais!”, “não sou tão legal assim”..rsrs Encontrei estúpidos também, mas a quantidade foi insignificante.
Nunca pensei que voltaria assim: cheia de perguntas e sem respostas aparentes. Mas como não voltar depois de tudo que vivi e de ver que preciso de muito menos do que sempre pensei?
























































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