segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Austrália

Depois da Ásia fica bem difícil viajar pela Austrália, porque é tudo muito caro (e eu sou um bocado mão de vaca..rsrs).
Sydney pra mim foi a cidade para reencontrar amigos, conhecer novos, pensar sobre tudo que vivi nos últimos meses e relaxar. 
Lá, além de tudo que uma grande cidade proporciona, é possível fazer caminhadas ao redor de lagos, piqueniques, ir para praias incríveis em Manly, Palm beach, Mackenzies Bay, Bondi, Coogee, Maroubra... o único detalhe das praias é que a água é bem fria.
Uma má notícia para os festeiros de plantão é que a maioria dos bares não permite entrada após a 1h e fecha às 3h. Vivemos uma saga tentando encontrar uma boa balada para aproveitar o fim de semana e só encontramos bares com ensurdecedora música pop e muita molecada.
Meu bairro favorito em Sydney é Newtown: galerias, grafites, feiras de rua, lindos cafés, restaurantes, brechós e um clima muito mais descontraído do que a "City". E a semelhança com a nossa Vila Madalena e Augusta matou um pouquinho a saudades de casa.
Segui para Melbourne e mesmo sendo início de dezembro ainda peguei temperaturas baixas (em torno de 14ºC) e bastante vento.
Melbourne é menor que Sydney, mas tem uma boa estrutura. 
Curti andar por Fitzroy e ver os grafites na Hosier Lane, me acabar de tanto comer no mercado noturno que funciona às quartas no Queen Victoria Market, almoçar no jardim da Biblioteca, ver as antigas casas no tranquilo bairro de St. Kinda, fazer a caminhada até Brighton Beach e ver as lindas casinhas de banho coloridas. Mas o mais incrível foi fazer o tour pela Great Ocean Road. Foi sensacional ver as muralhas douradas no mar azul que me lembrou os Lagos em Portugal.
Depois de só passar vontade de entrar no mar em Sydney e em Melbourne, foi a hora de procurar águas mais quentes, em Gold Coast.
Me hospedei no bairro Surfers Paradise e gostei bastante: a uma quadra dos lagos, a duas quadras da praia, muitas opções de bares, restaurantes e transporte.
As praias e mirantes são lindos: Tweed Heads, Kirra, Main Beach e Burleigh Heads foram os que mais me chamaram atenção. Porém o mar é bem agitado e só é possível relaxar em Burleigh Heads, onde você encontra uma espécie de canal em que os locais nadam, praticam stand up e canoagem. Um dos meus lugares favoritos em Gold Coast já que eu não surfo..rs
Outra opção em Gold Coast é aproveitar as caminhadas e cachoeiras dos parques nacionais. Pelo que eu vi, o único acessível por ônibus também fica em Burleigh Heads..rsrs Tive a sorte de encontrar duas pessoas através do Couchsurfing e conhecer lugares mais afastados.
Aproveitei a proximidade para conhecer Byron Bay e me hospedei um pouco mais afastado do centro da cidade chamado Art Factory, num hostel que serve como ponto de encontro dos artistas que visitam a região. O hostel era bem grande e contava com lago, piscina, camping, cabanas e um prédio principal onde está localizada a recepção, sala, banheiros e alguns quartos compartilhados. Todos os dias há alguma atividade e você sempre encontrará alguém cantando ou tocando, ainda que não seja o dia específico para as apresentações. O problema desse hostel é que não dá pra dormir..rs A noite o pessoal está com pique total: bebendo, cantando, tocando, gritando e a balada ao lado está com o som ligado no último volume.. e o dia começa cedo para mergulhadores e surfistas.
Gostei bastante de caminhar pelo parque Arakwal e encontrar um assustado canguru no caminho até Tallows e Broken Head beach (e de me assustar 10 minutos depois com uma bicicleta em alta velocidade atrás de mim - pensei que fosse algum animal) e de fazer a trilha da praia principal até o farol.
A quase hippie Byron Bay é uma graça, mas infelizmente atrai muitos estudantes que visitam a cidade para beber e fumar maconha (dizem que na vizinha Nimbin é possível fumar em qualquer lugar).
Após um breve retorno pra Gold Coast, peguei o voo para Cairns (porque não rola viajar de ônibus pela Austrália - o preço é quase o mesmo e são viagens muito longas).
Cheguei no aeroporto e apesar de estar a 2km da cidade, não havia transporte público até lá. 
Eu tinha tempo, estava cedo, não queria pagar 20 dólares pelo shuttle e me animei a andar na região de manguezais. Estava tudo bem até eu ver a placa indicando a possibilidade de crocodilos! Comecei a andar super rápido, com medo e quando já estava próxima da zona urbana, um moço me ofereceu carona e ainda me deu dicas sobre um mercado orgânico que funcionava próximo do hostel..rsrs
A cidade é bem pequena, a maioria dos restaurantes e bares fecham bem cedo e não rola curtir praia devido as águas vivas e crocodilos. Para contornar esse problema a cidade conta com uma grande piscina pública chamada Esplanade Lagoon (estava bem lotado em dezembro).
Devido a necessidade de tours para aproveitar a região, a visita a cidade se torna bem cara. Os tours para a grande barreira de corais gira em torno de 150 dólares com snorkelling ou 200 dólares com mergulho. Fora as outras ilhas e tours que giram em torno de 90 dólares cada.
Foi incrível mergulhar na grande barreira de corais, mas confesso que me empolguei muito mais quando nadei com uma tartaruga de mais de 1 metro na Green Island (acho que porque não tinha nenhuma expectativa, foi um passeio sensacional: águas transparentes, muitos peixes, tartarugas e arraias).
Como não queria falir assim logo de cara e o dia estava bem chuvoso, peguei um ônibus até Kuranda e me diverti vendo as fofices dos coalas e dos filhotes de canguru. A cidade é bem turística e conta com diversos mercados de artesanatos e restaurantes. 
Foi lá que eu conheci o tradicional instrumento musical: didgeridoo. Bem legal! lembra um pouco o nosso berrante.
Voltei pra Sydney, curti mais um pouquinho os mimos dos amigos, visitei os pontos turísticos da cidade grande: museus, parques, bares e praias, só pra não perder o costume..rsrs






























































































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