segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Indonésia

Eu geralmente compro chocolate com o dinheiro que sobrou no fim de uma viagem e não foi diferente na China, onde tinha uma sacola com chocolates, bolachas e outras tranqueiras que comprei pra não perder o dinheiro. 
Perdi essa sacola num dos raios x no aeroporto de Bali. Notei logo em seguida e perguntei para o segurança se poderia voltar pra pegá-la. Ele disse que não e eu perguntei se ele poderia verificar, pois estava no salão ao lado. E ele me respondeu "Me ajude a te ajudar", percebi que ele queria dinheiro, mas me fiz de besta e repeti que era uma sacola plástica com comida, ele então repetiu a frase, eu desisti e virei as costas para sair, mas ele me interrompeu e perguntou se não havia mesmo nada de importante na sacola, falei que era apenas chocolate e ele me deixou voltar pra pegar..rsrs
Os táxis dentro do aeroporto cobravam de 35 a 50 dólares para levar até Kuta, o principal bairro da região. Perguntei a um funcionário do aeroporto qual a melhor maneira para ir para o hostel e ele me disse que seria um táxi azul fora do aeroporto que funciona com taxímetro. Peguei o táxi e para minha surpresa paguei em torno de 6 a 8 dólares (não me lembro exatamente, mas era muito menos do que o valor cobrado dentro do aeroporto).
Kuta é bem movimentado. Muitos bares, muitos turistas, muita prostituição e um comércio bem irritante, que quase te leva a força pra dentro das lojas.
Passei dois dias por lá, andando em direção ao aeroporto e a Seminyak. E depois segui para Ubud. Na van conheci uma mineira que estava indo em direção a Lembongan. Como iria pra lá depois e ela pra Ubud, nós trocamos contato.
Como sempre na Indonésia, as vans costumam parar longe do centro da cidade pra te forçar a pegar táxi. Tentei encontrar um com taxímetro, não consegui e acabei andando um monte até a minha hospedagem - Puji Bungalow (o peso da mochila colaborou com o cansaço e irritação), mas quando vi como era o quarto compartilhado, os banheiros novos, a piscina e a vista para os arrozais, logo me esqueci do cansaço e fui curtir a cidade.
Fiz uma trilha curta pelos arrozais que levavam a um spa incrível, depois andei pelo mercado, galerias e pelas ruas centrais.
E nos dias que seguiram fiz curso de culinária, passeio pelo norte até o vulcão Batur, diversos templos hindus, massagem balinesa e Monkey Forest (Uma floresta e espécie de santuário em que os macacos ficam soltos e interagem com quem lhes dá comida. Nem sempre de forma pacífica..rsrs).
De Ubud segui para Gili Air (o meio termo, já que Gili Meno era tido como muito parado e Gili Trawangan como "balada"). 
A chegada na ilha foi de tirar o fôlego: mar super azul, transparente, areia branca... Lindo!! Combinei com a Renata, brasileira que conheci antes, de ficar dois dias lá e depois seguir para Gili T., mas desistimos de nos hospedar em Gili T. e só pensávamos em estender mais a estadia em Gili Air..rsrs
A ilha é bem pequena e tem uma rua de comércio turístico, que fica beira mar e uma rua de comércio local, uma travessa em que poderá encontrar restaurantes com preços muito mais baixos que a beira mar.
Lá fiz um passeio de snorkelling que passava pelas três ilhas, aproveitei o sossego, o pôr do sol, as caminhadas a beira mar e só para não me sentir tão culpada, passei um dia em Gili T.
Como a Indonésia tem cerca de 17.000 ilhas, sendo cerca de 6.000 habitadas e eu só tinha cerca de 1 mês para aproveitar da melhor maneira possível, parti com dor no coração para Lombok.
Fui para Kuta Lombok e descobri que não havia muito jeito de conhecer a região se não fosse de moto. Como não dirijo, pagaria uma baba por um mototaxi ou um taxista.
Foi então que o cara da recepção me disse que havia uma israelense no hostel que estava com o mesmo dilema que eu e que provavelmente toparia dividir o transporte. Quando a conheci, vi que já tínhamos nos encontrado alguns dias antes em Ubud e o meu vizinho de camping já tinha dividido quarto comigo em Gili Air..rsrs
As praias de Kuta são bem bonitas e ao contrário do que pensei por conta de sua fama com os surfistas, o mar não é tão agitado. 
As minhas praias favoritas foram Tanjung Aan, Mawun, Seger e Kuta beach. 
O problema dessa região são os insistentes vendedores. Em Mawun, além da interrupção da conversa ou do sono a cada 10 minutos com alguém oferecendo algo para vender, passamos por duas cenas desagradáveis:
- Duas vendedoras de sarongs discutiram na nossa frente, porque uma chegou primeiro, mas a outra tinha um sarong que agradou mais e a primeira não achou justo a outra disputar a mesma cliente ao mesmo tempo tendo uma praia inteira para vender. No fim elas não venderam por conta disso.
- Um menino de uns 9 anos insistiu absurdos para comprarmos frutas, dissemos que compraríamos mais tarde, pois tínhamos acabado de tomar café. Ele retornou pouco tempo depois insistindo novamente e começou a nos xingar e rogar pragas porque dissemos que ainda não tinha dado tempo suficiente para sentirmos fome. Novamente, compramos de outra pessoa quando decidimos comprar.
Após 4 dias segui para Senggigi, mas foi bem decepcionante. As praias mais centrais são sujas e não encontrei mar tão azul como em Kuta, mesmo nas praias mais afastadas por conta da areia escura.
De lá segui para Lembongan. O que eu não imaginava era que, mesmo sendo uma ilha, não dava pra nadar na maioria das praias. Seja pelas ondas absurdas, pelos corais ou pela sujeira no lado local da ilha (creio que os hotéis/guesthouses limpam apenas a parte turística). 
Andei pelo lado local até os manguezais, mas estava muito quente e nenhum lugar para me refrescar. 
Como não tinha o que fazer, no dia seguinte decidi visitar as praias mesmo assim. E elas são lindas!
Conheci a Coni, uma argentina, no caminho e seguimos em direção a Dream beach. Tentei entrar no mar, mas mal me segurava de pé por conta das ondas..rsrs Fiquei apenas curtindo o sol e depois a admirando no alto do morro enquanto almoçava.
Saímos de lá em direção a Sunset beach, mas paramos no meio do caminho com uma vista sensacional das praias, dos montes, do mar estourando nas pedras e das noivas posando para as fotos pré-casamento (na Ásia elas têm a tradição de tirar fotos vestidas de noiva antes do casamento e essas fotos são mostradas no dia da cerimônia). 
O pôr do sol foi lindo, mas tínhamos pouca bateria e quase nenhuma iluminação no caminho. Uma aventura..rs
Dia seguinte, fui sacar dinheiro e esqueci meu cartão dentro da máquina. Voltei, procurei, perguntei e nada... sorte que tinha dinheiro suficiente para os próximos dias e que o Victor me deu uma solução de saque enquanto não chegava o travelcard (já que o Itaú não envia o cartão para outro país).
Passamos o dia em Mushroom beach, e conseguimos aproveitar o dia e entrar um pouquinho no mar.
Combinamos de voltar para Bali, passarmos um dia em Jimbaram e seguirmos para Padang Padang e Uluwatu (pontos de Bali que só é possível chegar de mototaxi ou taxi).
A praia de Jimbaram foi ok, passamos a tarde com duas outras mulheres que estavam no mesmo hostel que nós, mas elas decidiram ir embora logo após o pôr do sol e eu e a Coni optamos por andar pela cidade. No caminho vimos um arranjo num portão e a Coni me explicou que era símbolo de casamento. Olhamos para dentro da casa e vimos a noiva. Para nossa grande surpresa, ela nos convidou para entrar no casamento, foi super simpática, conversou conosco, nos apresentou para alguns familiares, nos ofereceu bebida e comida. Foi uma experiência única! Ficamos muito felizes por ter a oportunidade de conhecê-los e aprender um pouquinho mais sobre as tradições balinesas.
Em Padang Padang passamos o dia na praia principal e conhecemos um espanhol das ilhas canárias e um argentino num restaurante. O espanhol estava super disposto a nos levar para o pôr do sol no templo, mas nosso querido hermano portenho não parecia muito animado com a ideia. O espanhol insistiu e marcou um horário para nos encontrarmos, quando os encontramos, obviamente o hermano boicotou nosso passeio..rsrs mas não perdemos a noite, pois havia uma festa da lua cheia na praia com show de reggae ao vivo. Ufa!..rsrs
No outro dia procuramos o caminho para chegar até Dreamland beach, mas erramos em algum ponto e tivemos uma espetacular vista de Bingin - Mar com diferentes nuances de azul, areia branca e muitas pedras. Caminhamos de queixo caído até Dreamland. Tudo muito lindo!
Tentei entrar no mar, mas após duas quedas, vi que não tinha forças para encarar as ondas e me escondi do sol..rs
A noite, o Rio, que conheci através do couchsurfing, foi me buscar no hotel com duas outras mulheres também do couchsurfing e nos levou ao templo de Uluwatu e ao bar Single Fin (bar super turístico com 3 ambientes, onde rola música ao vivo e djs).
Dia seguinte voltamos para Kuta Bali, a Coni finalmente recebeu a aprovação do visto da Austrália e eu consegui antecipar minha ida pra Bangkok pra tentar sacar o dinheiro sem cartão. Curtimos o dia, fizemos compras, nos despedimos, mas nos reencontramos alguns meses depois em Sydney..rs









































































































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