quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Myanmar - o lugar marcado pela receptividade das pessoas

Quando decidi incluir a Ásia no roteiro, coloquei alguns países batidos, mas que não podiam faltar como China, Indonésia e Tailândia.
Reservei mais tempo pra Tailândia pela proximidade com diversos outros países que gostaria de conhecer, mas não defini exatamente os destinos e datas.
Minha sobrinha me recordou umas duas vezes sobre Myanmar, mas confesso que ter que solicitar visto com antecedência me deu uma certa preguiça (brasileiros não precisam de visto para Tailândia e com exceção da China, os outros vistos podem ser feitos ou na fronteira ou no aeroporto), mas conheci uma brasileira na Indonésia que também estava a fim de ir e combinamos de ir juntas.
O processo do visto foi bem fácil. Basta acessar o site http://evisa.moip.gov.mm, indicar o aeroporto de entrada, endereço da acomodação, dados pessoais, pagar a taxa e três dias depois você receberá a carta de autorização de entrada por email.
Entrei por Yangon, andei pelas milhares de barracas de comida, tralhas e roupas da Chinatown, passei mal após comer num restaurante local e esqueci de tudo após visitar o sensacional templo Shwedagon.
A entrada para o templo não é das mais atrativas: 8 dólares, mas vale cada centavo. Depois de visitá-lo, qualquer outro templo ou pagoda que estiver no seu roteiro de Yangon não fará o menor sentido..rs
Seguimos de ônibus para Bagan e como boa relaxada que estou, óbviamente não pesquisei nada. Sabia que era a principal cidade, mas não fazia a mais remota ideia de encontraria em torno de 2 mil templos inteiros.
O nascer e pôr do sol em Bagan são de cair o queixo. O único detalhe aqui é que ou você aluga uma moto ou fica limitada(o) a extorção dos taxis e da reserva que deve ser feita com antecedência.
Segui pra Inle Lake e felizmente tive a oportunidade de conhecer a cidade num dia de festa: Phaung Daw U Festival.
Nesse dia toda a cidade + turistas disputam cada milímetro nas margens do rio para acompanhar a procissão dos barqueiros que puxam a barca real dourada responsável pela guarda das 4 imagens de Buda e após a procissão, a divertida corrida de barqueiros que representam os 18 vilarejos que abrangem a região (o detalhe é: eles remam com o pé, conforme manda a tradição).
Em Inle Lake também é possível fazer um interessante passeio de barco pelo mercado flutuante e casa com as mulheres girafa, produção de seda, mercado de prata, monastério, jardim flutuante e no caminho ver os pescadores que remam com o pé.
O duro de Bagan e Inle Lake é a taxa de entrada da cidade: 20 dólares em Bagan e 11 dólares em Inle Lake.
De lá segui pra Mandalay, mas o que fazer numa grande cidade depois disso tudo? Nada! Foi a única cidade que eu, ou pularia ou iniciaria nela pra que não ficar tão decepcionada.
E a coisa mais incrível do país são as pessoas. Você senta no parque e aparece alguém para explicar sobre a situação do país, você vai num restaurante e eles não sabem o que fazer pra te agradar, você vai num ponto turístico e encontra uma fofurice de uns 12 anos que lista os jogares de futebol do seu país ou ainda outro que lhe mostra que coleciona notas e abre orgulhoso na página com as cédulas de Real.
Só tive uma situação chata no ônibus noturno da volta. Se estiver viajando sozinha tente encontrar outros ocidentais para a viagem ou dê preferência para os ônibus diurnos.
Outra coisa: eles mastigam uma folha chamada Noz de Areca que tem o mesmo efeito viciante que o cigarro e deixa a saliva vermelha e eles cospem essa nojeira o tempo todo.
Sinceramente só tenho a dizer: corra! porque o país está mudando muito e rápido desde a abertura para o turismo.



































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